Instituto UFC Virtual
Pró-Reitoria de Pós-Graduação
Coordenadoria de Pesquisa, Informação e Comunicação de Dados
Divisão de Planejamento e Ensino
Curso: CFCT - Curso de Formação Continuada de Tutores Turma 2012/2
Turma: T-21 - MEC/SECADI - Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão
Aula 03 - Atividades de Portfólio e Bate Papo
Coordenação - Dra. Raquel Santiago Freire
Professor Formador: Fernando Antonio de Castelo Branco e Ramos
Cursista: Tatiane Rodrigues Carneiro
Data: 05.11.2012
Olhando de Perto
No Diário de Bordo (Blog), compartilhe exemplos de cada um dos elementos (amor, humildade, fé nos homens, esperança e um pensar crítico). Escreva situações reais ou algo que tenha chamado atenção sobre os elementos de dialogicidade de Paulo Freire.
Os elementos de dialogicidade de Paulo Freire são de fato essenciais para a prática docente, seja ela tradicional ou na EaD. Muitos podem pensar que a EaD gera o distanciamento entre aluno e tutor e entre os próprios alunos, mas pela minha experiência posso dizer que não é bem assim. Atualmente com a diversidade de mídias, cada vez mais o tutor está próximo dos alunos e os alunos estão interagindo entre si.
A base de toda o conhecimento está sem dúvida nos elementos de dialogicidade de Paulo Freire. Como podemos pensar em educação sem o amor, amor que deve estar nas atitudes do professor e do tutor, pois aquele que ama o que faz, faz com maior dedicação e obtém melhores resultados. A afetividade deve estar diretamente ligada a atuação do professor/tutor. Quando o professor/tutor ama o que faz os alunos logo percebem e tendem a reproduzir o mesmo comportamento. Na EaD esse comportamento afetuoso pode ser expresso através de emotions, caixa alta, repetição entre outros elementos desta forma tanto o tutor como os próprios alunos podem demostrar seus sentimentos e emoções como se estivessem em uma aula presencial.
A humildade é outro pilar indispensável para que a aprendizagem ocorra, pois fica muito difícil haver uma troca quando um dos atores se põe em lugar de superioridade em relação ao outro. Nenhum dos dois cresce, pois um se sente menor que o outro e não consegue se desenvolver, enquanto o outro continua fechado em suas teorias e visões de mundo. Na EaD essa humildade também é indispensável, pois quando um tutor se mostra inacessível ou com um vocabulário muito rebuscado, muitas vezes afasta os alunos que se sentem menosprezados ou até, muitas vezes incapazes. Ao passo que um tutor mais próximo e acessível pode deixar os alunos à vontade para expor seus pontos de vista e crescer juntos.
O professor/tutor deve sempre acreditar na capacidade de superação de seus alunos, deve enxergar onde ninguém mais consegue perceber, deve acreditar na capacidade de seus alunos, mesmo quando nem estes acreditam mais e a partir dessa fé, ajudá-los a superar os obstáculos da caminhada rumo ao conhecimento. Em minha experiência como tutora e orientadora de EaD pude presenciar o poder que há em uma palavra de estímulo dita na hora certa, ela pode transformar comportamentos e histórias, reanimar e dar novo fôlego àquele que já estava cansado e abatido.
A esperança é outro pilar fundamental para a educação dialógica, a esperança é que nos move, é o que nos faz acreditar incessantemente e lutar pelo que acreditamos. Ela é a busca do conhecimento que nos move ao outro, a busca do outro e do novo, na tentativa de se alcançar um novo estágio do conhecimento.
O pensar crítico sintetiza a busca pelo conhecimento, pois como pode-se falar em conhecimento enquanto tivermos alunos e professores alienados? Como pensar em conhecimento quando o meu aluno é incentivado a fazer cópias e não a pensar por ele mesmo? Quando o aluno é levado somente a reproduzir o conhecimento de outros sem contudo ser capaz de pensar por si mesmo e contribuir para a formação do novo? Na EaD esta dificuldade também nos é posta cotidianamente, como incentivar os alunos a produzir seu próprio conhecimento nos fóruns, portifólios e Blogs, se é muito mais fácil e cômodo apenas copiar o pensamento de outros e dizer que "concorda". Como incentivar o aluno a produzir em um mundo onde a velocidade do suposto conhecimento é cada vez mais rápida e descartável? Esse é um dos grandes desafios postos aos professores e tutores da atualidade.
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