segunda-feira, 29 de outubro de 2012

O Sucesso da Educação a Distância no Brasil


Instituto UFC Virtual
Pró-Reitoria de Pós-Graduação
Coordenadoria de Pesquisa, Informação e Comunicação de Dados
Divisão de Planejamento e Ensino
Curso: CFCT - Curso de Formação Continuada de Tutores Turma 2012/2
Turma: T-21 - MEC/SECADI - Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão
Aula 02 - Situações problemas e o trabalho do professor-tutor

Coordenação - Dra. Raquel Santiago Freire
Professor Formador: Fernando Antonio de Castelo Branco e Ramos
Cursista: Tatiane Rodrigues Carneiro
Data: 29.10.2012


Caros colegas, em meio a tantas discussões que permeiam a EaD, temos muito que comemorar, pois apesar dos gargalos da EaD esta modalidade de ensino está cada vez mais ganhando adeptos e entusiastas, o vídeo a seguir mostra o crescimento da EaD no nosso país e que acima de tudo, o aluno em EaD precisa ter disciplina  e foco nos estudos, uma vez que o tempo dos alunos que buscam a EaD geralmente é mais escasso do que da maioria dos alunos do ensino tradicional.



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

As dificuldades dos alunos na EaD

Caros colegas, hoje compartilho com vocês uma reportagem sobre os principais problemas encontrados pelos alunos na EaD, pois acredito que precisamos conhecer cada vez mais seus problemas para que possamos ajudá-los a superá-los e nos antever a eles.


Que dificuldades o aluno pode encontrar num ambiente virtual on-line?
                                                                    

As dificuldades encontradas por alunos em ambientes on-line de aprendizagem podem ser divididas em três aspectos: afetivo, pedagógico e tecnológico. A ver:AFETIVO
  • Interação entre alunos: aluno sente falta de compartilhar idéias com outros alunos. Sente-se só durante o curso a distância
  • Feedback do professor: aluno não obtém uma resposta do professor acerca de seu desempenho. Não adianta apenas relatórios automáticos e resultados de testes: é preciso haver interação, já que nessa modalidade o aluno tende a assumir um papel mais ativo do que em salas de aula presenciais.
PEDAGÓGICO
  • Falta de tempo: a má utilização do tempo e a organização da agenda diária acabam por interferir na frequência ao curso.
  • Falta de disciplina: sem a presença face-a-face, muitas vezes os alunos deixam de realizar as atividades propostas e acabam ficam defasados em relação ao conteúdo do curso.
  • Interferências externas: estudar em casa ou no trabalho pode colocar a concentração em risco, uma vez que são diversos os fatores que chamam nossa atenção nesses ambientes.
  • Curso difícil: não compreender o objetivo do curso ou não fazer parte de seu público-alvo pode gerar dificuldades no entendimento das disciplinas. A falta de contato com o professor é um agravante nesse caso.
  • Material ruim: um material didádico de má qualidade leva o aluno à desmotivação, já que suas expectativas deixam de ser alcançadas.
TECNOLÓGICO
  • Falta de recursos/recursos mal utilizados: a falta de uso ou o uso inadequado das TIC atrapalha o bom desempenho do aluno. O projeto pedagógico precisa delimitar o uso e justificar a estratégica pedagógica para cada ferramenta, caso contrário, o aluno sente-se perdido.
  • Familiarização com a internet: não estar familiarizado com os recursos da web pode fazer com que o aluno se sinta deslocado, tanto na utilização das TIC como na compreensão da linguagem utilizada on-line.
  • Não-adaptação ao AVA: não estar integrado à interface do AVA pode fazer com que o aluno não entenda como realizar as atividades propostas.
  • Falta de requisitos para o curso: falta de um pólo-presencial ou de requisitos básicos para rodar o AVA no computador (programas, banda larga, sistema operacional)
Encerro minha post de hoje com o seguinte questionamento:

Diante dessas dificuldades apontadas pelos alunos, o que nós, tutores,  podemos fazer para solucionar esses problemas?


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A evasão na EaD

No fórum hoje me deparei com o seguinte questionamento: Quais as principais causas da evasão na EaD, diante de tal questionamento busquei maiores informações e encontrei a reportagem que agora compartilho com vocês:


Evasão é o maior problema do Ensino a Distância, aponta estudo

Camila Rodrigues
Do UOL, de São Paulo










    A evasão dos estudantes é o maior obstáculo para o EAD (Ensino a Distância), segundo instituições que ofertam cursos nesta modalidade. O resultado foi obtido pelo Censo EAD.br 2010, o último divulgado pela Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância). Pela metodologia, foram considerados alunos evadidos os que não iniciaram os cursos na modalidade a distância ou os que abandonaram de uma forma ou outra.
    A seguir, em segundo lugar como fator mais desafiador, está a resistência dos educadores à modalidade. Em terceiro aparecem as dificuldades de adaptação da educação presencial para EAD e, em quarto, a resistência dos alunos ao novo formato.

    PRINCIPAIS OBSTÁCULOS AO EAD, SEGUNDO INSTITUIÇÕES DE ENSINO*

     Cursos autorizadosCursos livresTotal
    Evasão de alunos592483
    Resistência dos educadores432265
    Adaptação da educação presencial para EAD451459
    Resistência dos alunos391554
    Custos de produção dos cursos272249
    Restrições legais30939
    Suporte pedagógico e de tecnologia para os estudantes221436
    • Fonte: Censo EAD.br 2010

    *Os dados na tabela referem-se ao número de respostas obtidas no estudo
    As causas de evasão mais apontadas pelas instituições foram falta de tempo do aluno para estudar e participar do curso, acúmulo de atividades no trabalho e a dificuldades de se adaptar à metodologia.
    Segundo João Vianney, consultor em ensino a distância, o primeiro semestre é o principal período de evasão de alunos no EAD. "Uma parte não se adapta à rotina de estudos individuais que a modalidade exige e acaba desistindo. Isso acontece porque ainda há o imaginário de que é possível aprender sem esforço no EAD, o que não é verdade. Os alunos têm de dedicar entre 12 a 15 horas estudos semanais para aprender, pois o conteúdo é equivalente ao que se ensina em uma faculdade presencial".

    Mais evasão em cursos públicos


    O Censo EAD.br 2010 indica que as taxas de evasão são maiores nas instituições públicas do que nas privadas: dentre os autorizados, a média de evasão é de 22,1% nas públicas ante a 15,8% nas particulares. Para cursos livres, que compreendem cursos de língua, extensão, entre outros, as taxas de evasão são de 30,9% nos públicos, e de 20,0% nos particulares.
    Na Unopar (Universidade Norte do Paraná), instituição com mais matrículas no ensino superior a distância segundo o Censo de Educação Superior 2010, o índice de evasão está entre 10% e 13% no EAD; no presencial é superior a 13%. 
    "Esse índice pequeno se deve ao modelo que utilizamos, em que o aluno tem de ir ao polo pelo menos uma vez por semana para participar de atividades em grupo com os colegas, acompanhado de um tutor presencial. Isso faz com que os estudantes criem laços sociais e permaneçam estudando", acredita Elisa Maria de Assis, diretora de EAD da instituição.
    A diretora de EAD da UVA (Universidade Veiga de Almeida), no Rio de Janeiro, Jucimara Roesler, afirma que os índices de evasão do ensino presencial e do EAD são equivalentes. "A taxa de evasão média [em sua instituição] é de 18% nos cursos de EAD. No ensino presencial, ela está entre 18% a 20%", aponta.
    Vianney confirma a tendência apontada nas duas instituições. "Na Unisul Virtual, por exemplo, a taxa de perda de alunos na educação a distância é menor do que nos mesmos cursos da educação presencial. Tudo é uma questão do modelo criado pela instituição e da atenção dedicada ao estudante".
    O consultor aponta, porém, que isso não é uma regra. "Em instituições que oferecem programas de apoio e de acolhimento aos estudantes, a taxa de evasão no primeiro semestre costuma ficar entre 10% e 15%. Mas sem essas iniciativas, a perda na primeira fase pode passar de 25% do total de matriculados. Em um ciclo de quatro ou cinco anos, no ensino presencial a taxa de perda média no mercado fica ao redor de 45% a 50%. Na educação a distância esta mesma taxa pode chegar a 70%. Mas, tudo depende da qualidade de atendimento pedagógico que a instituição oferece".

    quarta-feira, 3 de outubro de 2012

    Reflexões...



    Durante a leitura da segunda aula deparei-me com os seguintes questionamentos acerca do trabalho do professor nestes novos tempos, e gostaria de compartilhar aqui as minhas reflexões:



    Reflexão

    Vocês já pararam para pensar como será a relação de trabalho nestes novos tempos e espaços de ensinar?
    Tenho pensado sobre as relações de trabalho nestes novos tempos e espaços de ensinar, as relações estão mudadas, mas creio que é uma nova roupagem, mas no cerne, continua a mesma.
    Mesmo que os professores não precisem mais se deslocar para dar aulas, nem os alunos para assistir-las, e que a sala de aula seja virtual, podendo ser acessada de vários locais e em momentos distintos, ainda existe a relação professor-aluno, e creio que sempre existirá, pois o que seria de nós sem nossos mestres?
    Como pensar em aprendizagem, sem um professor, mesmo que agora o nome seja outro?

    Como será a aprendizagem nestes novos espaços e tempos?
    A aprendizagem nesses novos tempos tende a ser mais democrática, pois com a EaD, as distâncias são encurtadas e a flexibilidade dos horários permite que pessoas que antes não poderiam estudar devido a incompatibilidade de horários, agora possam estudar e os alunos devem aprender a ser mais compromissados, pois na EaD, o interesse do alunos é fator primordial para seu sucesso!

    Os autores Mill e Fidalgo (2006), também questionam: Que transformações podem ser observadas no trabalho do educador quando os processos pedagógicos são estabelecidos por meio de tecnologias virtuais?
    O papel do professor também muda, já comentei sobre isso em postagens anteriores.

    Como as mudanças nos tempos e espaços introduzidos pelos processos pedagógicos virtuais podem influenciar o trabalho docente?
    Creio que essas mudanças são benéficas e devem ser utilizadas a favor dos alunos e professores, mas precisam ser corretamente exploradas, pois com o espaço virtual surgem novos recursos pedagógicos que se bem explorados podem refletir positivamente na aprendizagem dos alunos.

    E você? Como trabalha com o tempo e o espaço nas atividades de tutoria?
    Procuro dar uma certa liberdade para meus alunos, mas sempre estou incentivando a sua participação e propondo atividades nos fóruns para manter a presença dos alunos e o interesse pelas discussões. Sempre envio mensagens de incentivo e algumas de cobrança para que eles não se acomodem no decorrer do curso, nem se afastem do ambiente virtual. Procuro sempre levar novas informações e novidades,encorajando os alunos a extrapolar os conteúdos das aulas e buscarem novam fontes de pesquisa e conhecimento.

    Concluo a reflexão de hoje com o pensamento de Paulo Freire:
    " Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda."